sexta-feira, 23 de novembro de 2007

APRENDENDO

APRENDENDO
UMAPUBLICAÇÃODOCURSODEPEDAGOGIADAUNIVERSIDADEESTÁCIODESÁ• CAMPUSREBOUÇAS• TURNODAMANHÕ FUNDADORAS: IANEFRANCO EMERCIADANTAS• NO 1• NOV2002
AFINAL, DEQUEMSETRATAESSETALPEDAGOGO?
Nesses 50 anos de história da
pedagogia no Brasil, a dificuldade
existente, de acordo com o Professor
José Carlos Libâneo, é encontrar
definições no campo teórico
de conhecimento do pedagogo
e sua formação profissional.
A identidade profissional do
pedagogo se reconhece no campo
da investigação e na variedade de
atividades voltadas para o educacional
e o educativo.
Podemos dizer que a função do
pedagogo está relacionada a todas
as atividades de aprendizagem
e de desenvolvimento humano,
seja em crianças, jovens, adultos
ou idosos, operários ou funcionários,
obedecendo ao perfil da instituição
em que se encontram, pois
o papel do pedagogo também existe
longe da escola.
Desvincular o pedagogo da escola
é uma questão complicada até
para os professores, afinal, pedagogo
era o velho escravo que na
Grécia Antiga conduzia a criança
para a escola.
Hoje, Libâneo define o pedagogo
como o profissional que atua
em várias instâncias da prática
educativa, direta ou indiretamente
ligadas à organização e aos projetos
de transmissão e assimilação
ativa de saberes e modos de
ação, tendo em vista objetivos de
formação humana definida em
sua contextualização histórica.
Em outras palavras, pedagogo é
um profissional que lida com fatos,
estruturas, contextos e situações
referentes à prática educativa
em suas várias modalidades e
manifestações.
Com a globalização e o advento
da Internet, permitindo o acesso
imediato aos acontecimentos de
todo o mundo, o processo educacional
se transforma para acompanhar
a evolução do conhecimento,
que se faz
cada vez mais dinâmica.
Aprender a aprender é
a questão
atual.
Hoje,
d i a n t e
das profundas
modificações
por que estão passando,
as organizações vêm investindo
intensamente em
educação. Uma empresa jamais
se torna definitivamente
educada; está sempre
aprendendo e ensinando
num processo de
educação continuada.
O conhecimento
é o produto
mais valioso da
atualidade.
Diante desse quadro,
podemos concluir
que educação
é o que faz o diferencial
do momento e com isso
a importância do papel do pedagogo,
seja no âmbito escolar, seja
nas organizações, assume cada
vez mais um lugar de destaque.
De acordo com o Professor Libâneo,
decidir o que e como ensinar
significa decidir que homem se
pretende formar.
Eu quero uma identidade!!!
2
EDITORIAL
As Caçadoras
de Pedagogos
O objetivo deste jornal é informar o estudante
de Pedagogia sobre o papel do pedagogo
nas organizações não escolares (empresas,
ONGs, instituições, etc.).
Desde que ficou decidido sobre a elaboração
do jornal da pedagogia, mergulhamos de
cabeça nesse projeto. Por mais de 30 dias estivemos
totalmente voltadas para pesquisar o
papel do pedagogo nas organizações não escolares,
então, visitamos a Petrobras, o Centro
de Ensino do Exército, a UERJ, mantivemos
contato com professores e coordenadores de
nossa Universidade e mais algumas outras
empresas e instituições que não puderam ou
não quiseram nos receber. Dentro desse universo,
tivemos contato com apenas uma pedagoga,
que não faz parte de nenhum desses
quadros, mas já fez anteriormente. Essa falta
de pedagogos ocupando o lugar que procuramos
incansavelmente tentar descrever causounos
um certo incômodo. Por mais que todos
tenham tentado nos mostrar qual o papel que
o pedagogo ocupa em suas empresas e instituições,
a falta da presença concreta desse profissional
nos trouxe um questionamento:
– Será a figura do pedagogo nas organizações
não escolares um fantasma?
Imbuídas dessa dúvida, partimos para uma
nova empreitada:
Viramos as caçadorasdepedagogosnasorganizaçõesnãoescolares!
Nossa meta passou a ser descobrir onde se
escondem os pedagogos nas organizações não
escolares. Com pose de Sherlock Holmes, chegávamos
nos lugares e, depois de olhar para
todos os lados, perguntávamos de supetão:
– Aqui tem pedagogo?
Diante da força de nossa pergunta, muitas
vezes o funcionário gaguejava e Mércia, com
seu tom ameaçador e seu olhar inquiridor,
partia para a pergunta:
– Você sabia que essa função é de um pedagogo?
Nossas investidas foram todas frustradas.
Não encontramos pedagogos nas organizações
não escolares que visitamos, porém, as
caçadorasdepedagogosnasorganizaçõesnãoescolares
não desistem assim tão
fácil!!!
Estamos recolhendo fundos para criar
uma nova campanha! Ofereceremos uma recompensa
a quem identificar um pedagogo
numa organização não escolar.
Enquanto isso, nossas economias estão
sendo gastas em terapias de construção de
identidade...
Cristina Carneiro foi pioneira como
pedagoga dentro da empresa, formada
pela Universidade Santa Úrsula em
1978, obteve seu primeiro trabalho
como estagiária da Casa da Moeda, onde
permaneceu por seis anos. Devido às
necessidades encontradas nesse trabalho,
fez um curso de extensão na UERJ
de manualização operacional. Da casa
da moeda foi para a empresa Thomas
de La Rue, depois para a TV Globo, a
DATAMEC, somando assim 18 anos de
trabalho na área de treinamento operacional.
Após esse período, Cristina
Carneiro foi para os EUA, onde trabalhou
com dependentes químicos, retornando
no ano passado, após 10 anos
longe do Brasil.
No nosso encontro procuramos discutir,
através de suas experiências profissionais,
qual o papel do pedagogo
nas organizações não escolares.
Para Cristina Carneiro, o pedagogo
deve mostrar seu trabalho à empresa
desde o estágio, para que fique evidente
o diferencial do seu papel junto
aos outros profissionais.
“Numa empresa o psicólogo faz o
recrutamento e seleção, o pedagogo, o
treinamento operacional; e uma equipe
multidisciplinar formada por eles e
por um administrador trabalha na área
do desenvolvimento organizacional.”
O papel do pedagogo dentro de
uma organização é específico. Ele manualiza
as funções numa linguagem
própria para cada nível de trabalhador,
avalia o desempenho do funcionário
e elabora um processo de educação
à distância ao enviar os manuais
da matriz para as filiais.
“A formação do pedagogo na Universidade”,
diz Cristina, dá ênfase à escola,
no entanto, a empresa deve ser
mais valorizada, de forma a instrumentalizá-
lo melhor.
O recrutamento falha algumas vezes
e é o pedagogo quem vai providenciar
o treinamento desse funcionário,
de modo a capacitá-lo para a
Entrevista com a Pedagoga
Cristina Carneiro
função. Esse treinamento é dado ao se
iniciar qualquer tipo de trabalho, é o
que vai integrar o trabalhador à empresa.
Dele constam todas as informações
sobre a empresa, seus objetivos, o
que ocorre na linha de vendas, quais as
reclamações dos clientes, como funciona
a máquina de forma geral e particularmente
aquela que aquele funcionário
irá operar. Esse novo funcionário
precisa de um treinamento operacional
para ter condições de desenvolver seu
trabalho. Ele precisa de uma apostila
na sua mão para consultar no desenrolar
de sua função. Ao funcionário é proposto
um plano de carreira e para isso
ele precisa mais uma vez de uma orientação
pedagógica e da avaliação de desempenho
dada pelo pedagogo.
Cristina observa que muitas vezes o
psicólogo assume essa função de elaborar
manuais de instrução, mas esses
manuais são baseados nos testes psicológicos,
sem nenhuma metodologia; afinal,
essa não é sua função.
“Na área de desenvolvimento organizacional,
a empresa seleciona funcionários
para participarem de um programa
de treinamento específico para
cada área, a fim de obter um desempenho
futuro. A empresa investe nesses
funcionários através de programas de
treinamento elaborados pelos pedagogos.
Para acompanhar o desempenho
desses funcionários, o pedagogo precisa
saber técnicas de supervisão, manualizar
essas funções e passar para os diversos
níveis dentro da empresa, educar
esses trabalhadores para desempenharem
da melhor forma suas funções.”
Para Cristina, o que precisa ficar claro
é que o pedagogo é a estrutura básica,
a continuação do processo de recrutamento
e seleção. O psicólogo
seleciona, o pedagogo vai cuidar da
educação do trabalhador para que ele
alcance o desempenho desejado. É avaliando
esse desempenho que se traça o
caminho que aquele funcionário deverá
seguir dentro da empresa.
3
A Petrobras é uma empresa mundialmente
reconhecida pela qualificação de
seu corpo técnico. Devido aos elevados
investimentos, tradicionalmente realizados
no aperfeiçoamento de seus empregados,
muita tecnologia já foi criada e
desenvolvida.
Adequando-se às transformações que
o novo século impõe e compreendendo a
educação como um processo contínuo, a
Petrobras instala sua Universidade Corporativa
ao final do ano de 2001.
Com um efetivo de 34.000 funcionários
e 90.000 terceirizados, a Petrobras
busca com a Universidade Corporativa
atender às demandas sociais crescentes de
efetividade nos negócios e preparar-se para
o contexto dinâmico da competição global.
Essa entrevista foi concedida pelo Sr.
Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez,
D.Sc., Gerente de Desenvolvimento e Gestão
Empresarial da Petrobras, responsável
pela Universidade Corporativa.
APRENDENDO
Como surgiu na empresa a necessidade
da criação da Universidade Corporativa?
Sr. MARTIUS
A Universidade surgiu com a finalidade
de buscar atrelar os projetos estratégicos
da empresa, desenvolvendo
esses projetos de forma alinhada com a
educação. A gente sentiu o que as outras
empresas sentiram, principalmente
nos Estados Unidos, o modelo de Universidade
no sentido de atrelar o desenvolvimento
com as estratégias da empresa.
Desenvolvendo programas ligados
a essas estratégias.
O que motivou a Petrobras foi o fato
de outras empresas já estarem com suas
Universidades Corporativas e a necessidade
de maior velocidade em termos de
mudança, focando a educação em áreas
ligadas aos negócios da empresa, ou seja,
o que a empresa precisa ter para se desenvolver.
APRENDENDO
Qual o papel da Universidade Corporativa?
Como ela se difere das demais universidades?
Sr. MARTIUS
As Universidades Corporativas são focadas
nos negócios da empresa. As universidades
de um modo geral têm uma
formação, uma base de sustentação para
uma especialização. Lá você aprende de
forma geral, matemática, estatística, etc.
Aqui você aprende a usar seus conhecimentos
no foco do desenvolvimento do
petróleo. Você vai aplicar na empresa
modelos da matemática e da estatística.
Esse é o foco, buscar esse conhecimento
geral e aplicar nas áreas do negócio.
O outro objetivo é desenvolver outras
áreas de negócio dentro da empresa.
A Petrobras está migrando para daqui a
10/20 anos para uma área de energia. No
modelo que a gente tem é mais difícil
algum tipo de domínio que difere do que
estamos acostumados a ter. A Universidade
Corporativa tem o papel de identificar
novos conhecimentos para que daqui
a 10/20 anos a empresa possa estar
dentro desse novo cenário. Funciona
como uma área de pesquisa. O conhecimento
já existe, mas só que a empresa
ainda não domina e por isso precisa aportar
para dentro da empresa pessoas que
tenham esse domínio. O papel da Universidade
Corporativa é trazer essas pessoas
para nós, para dentro da empresa, a fim
de criar massa crítica para desenvolver
esse conhecimento.
APRENDENDO
Como é formada a equipe de trabalho
da Universidade?
Sr. MARTIUS
A equipe hoje está estruturada da seguinte
forma: tem a gerência ligada ao
desenvolvimento de executivos, 2.200
executivos em toda a empresa; tem outro
grupo, outra gerência que é de gestão
empresarial, que está orientada para o
desenvolvimento de toda parte funcional
da empresa, profissionais e gerentes
da área de marketing e planejamento,
toda parte funcional; depois nós temos
outra gerência ligada já na parte do desenvolvimento
de supervisores.
São essas as três áreas de gestão. Temos
também a área de clientes e fornecedores
e depois as áreas técnicas de negócios.
Além dessas gerências, que são
todas voltadas ao desenvolvimento de
profissionais e projetos dentro da empresa,
ainda temos uma gerência de apoio
administrativo, de planejamento e apoio
local e outra que é de ensino à distância.
APRENDENDO
Qual a formação desse profissional
que dá o suporte da educação dentro da
empresa?
Sr. MARTIUS
O que é normalmente utilizado é o
coordenador didático e o administrativo.
O didático está voltado para a construção
de programas e o outro para a área
administrativa mesmo.
A gente usa a função do pedagogo na
construção dos programas de ensino à
distância. Por exemplo, um curso gerencial,
parte dele será feito à distância, então
a gente usa um pedagogo, um designer
e um conteudista (o dono do conteúdo),
os três montam esse curso à distância.
Depois de pronto tem a figura do tutor, é
o professor e o monitor, o administrador
da coisa. Ele vai monitorar o aluno. Temos
três campos, um virtual, um presencial
e um na Bahia.
APRENDENDO
Vocês reconhecem a relevância do
papel do pedagogo nesse trabalho?
Sr. MARTIUS
O que eu acho é que num futuro, à
medida que o pedagogo consiga trabalhar
também o uso da tecnologia, as coisas
ficarão mais multidisciplinares, no
meio de poucos.
Essa separação hoje existe porque o
pedagogo tem o conhecimento da didática,
o designer, da tecnologia e o conteudista,
dos conteúdos, mas a tendência
é que, se o pedagogo e o conteudista não
avançarem na tecnologia, o designer
avança na área de ensino e vai acabar
roubando o papel do pedagogo.
APRENDENDO
Você acha que a Academia está sintonizada
com essa necessidade do mercado?
Sr. MARTIUS
Eu acho que ainda não. As pessoas
têm um caráter muito funcional das coisas,
por exemplo, o pedagogo entende
de pedagogia, chega aqui e reconhece
que há muitas ferramentas, mas diz que
não é analista, só quer saber da pedagogia.
É o mesmo nas outras áreas. Esse
eixo ainda não existe. Mas é uma tendência,
o uso da tecnologia é uma ferramenta
que todos deveriam usar.
Quem não souber dominar a tecnologia
vai ficar à parte do processo.
Ou seja, eu sei escrever, mas não sei
usar a caneta. Vou chamar então alguém
para escrever para mim.
Às vezes se cria um afastamento das
pessoas da tecnologia, as pessoas se afastam
de uma forma preconceituosa.
Petrobras: Nosso maior combustível é a educação
APRENDENDO – Publicação do Curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá
Redatorasresponsáveis: Prof.ª ReginaCoelieProf.ª Fátima Chaves– Tiragem: 500exemplares– Distribuiçãogratuita
Projeto gráfico e editoração eletrônica: Depto. de Divulgação da Universidade Estácio de Sá
Impressão: Gráfica da UniversidadeEstáciodeSá
EXPEDIENTE
Sabemos que a época atual vem sendo
marcada por rápidas mudanças. A tendência
mundial hoje aponta para a competitividade
total, devido ao fenômeno denominado “globalização”.
Com isto o conhecimento aumenta
cada vez mais e em menos tempo. Como é
impossível prever o conhecimento que será
necessário no futuro, torna-se indispensável o
desenvolvimento de habilidades que ajudem
o indivíduo a se adaptar com facilidade ao
novo e às circunstâncias marcadas pelas mudanças,
incertezas e pela complexidade. Nesse
cenário, um conjunto de competências tornase
necessário, sobretudo no que diz respeito à
capacidade de pensar, de resolver novos problemas
e implementar novas ações. Diante da
perspectiva de novos problemas e desafios,
que tendem a surgir de forma cada vez mais
rápida, a demanda crescente por soluções originais
é um fato.
Eis, portanto, a importância do aprendizado
nas organizações, como último baluarte
que nos resta para sobrevivermos num mundo
de mudanças, pois só se sustentarão as pessoas
e organizações que tenham aprendido a
aprender de forma eficaz, tornando-se atualmente
seu único instrumento competente.
Após constatarem que a capacitação de seus
profissionais é um caminho consistente para
enfrentar os desafios do presente e do futuro,
caberá então às organizações manter os indivíduos
como cérebros que movem as suas es-
UERJ modifica currículo
O curso de Pedagogia da UERJ modifica seu currículo
para formar bacharéis em pedagogia das instituições
e movimentos sociais, mantendo a formação
em licenciatura em educação infantil e formação de
professores para o Ensino Fundamental. Para a Professora
Doutora Eloíza da Silva Gomes de Oliveira,
vice-diretora da Faculdade de Educação da UERJ, a
idéia é formar um bacharel em pedagogia para atuar
como coordenador pedagógico nas escolas, instituições
militares, organizações não governamentais e
instituições geradas por movimentos mais amplos
como o Movimento dos Sem-terra.
O paradigma referencial do curso é a pesquisa e
a prática pedagógica. A pesquisa é trabalhada desde
o primeiro período, em pequenos grupos com orientação
acadêmica. A parte prática é distribuída em
720 horas de estágio.
Todos os alunos, ao final do curso, recebem dois
diplomas, um de bacharelado e outro de licenciatura.
A expectativa da UERJ é formar um profissional
capaz de construir um referencial teórico-prático que
lhe dê um entendimento crítico na questão das instituições,
para que esse profissional possa atuar de
forma coerente.
A Professora Eloíza defende a idéia de que o pedagogo
vive uma briga política a fim de demarcar
seu espaço e ganhar reconhecimento:
“Ainda há uma visão meio idealizada por parte
dos alunos de que só o pedagogo nas organizações de
trabalho ganha dinheiro. Existe uma cultura, não só
da UERJ, mas geral, que valoriza mais o bacharelado
do que a licenciatura.”
Existe também uma visão de que o lugar ou o
papel do pedagogo nas organizações ainda não está
bem definido, sua identidade ainda não está construída,
sendo o pedagogo visto como ajudante do psicólogo.
Para a Professora Eloíza, tem o pedagogo que construir
sua identidade, que informalmente já está construída.
O que precisa é sistematizá-la.
Universidade Corporativa – Gestão do Conhecimento
truturas. Assim, para implantação de uma nova
cultura organizacional, agora baseada no CONHECIMENTO,
a Universidade Corporativa vem
como uma grande solução, onde várias questões
podem ser resolvidas por meio do processo que
o homem conhece desde que nasceu: EDUCAÇÃO.
Pode-se afirmar que a UNIVERSIDADE CORPORATIVA
está se proliferando justamente no
sentido de limitar a perspectiva, para tornar o
uso do conhecimento mais produtivo. Como se
sabe, os conhecimentos por si mesmos são estéreis
e cabe às empresas o papel de utilizá-los para
produzir os bens e serviços necessários ao bemestar
da sociedade. Por isto, na atual sociedade
do conhecimento, o ensino não pode mais ser
um monopólio das escolas, e a educação precisa
permear toda a sociedade. As Universidades Corporativas
cumprem esse papel de integração empresa-
escola e, através delas, as empresas podem
orientar a educação da força de trabalho às suas
estratégias de negócios, buscando-se maximizar
a produtividade. A importância de uma Universidade
Corporativa está, portanto, baseada nos
seguintes pontos: fortalecimento e direcionamento
para os valores e cultura desejados pela empresa,
para a criação de talentos, aumento do
valor da empresa pelo aumento da capacidade
dos funcionários, desenvolvimento da capacidade
de aprender a aprender, de trabalhar em equipe
e de promover o alinhamento dos objetivos
pessoais com os objetivos da empresa.
No Exército, o técnico de ensino
é hoje o coordenador pedagógico
Cercado pelo mar, o Instituto de Pesquisa da
Capacitação Física do Exército compõe uma das
mais belas paisagens que o Rio possui. Local
onde Estácio de Sá aportou e no qual fundou a
Cidade Maravilhosa, é lá que funciona a Diretoria
de Ensino e Pesquisa (DEP), que coordena o
Centro de Estudo de Pessoal (CEP) do Exército.
A DEP é o órgão responsável por todo o
ensino das escolas militares. Através da DEP,
são elaborados todos os regulamentos que estabelecem
as diretrizes de todos os cursos do
Exército. Os planos de disciplinas são baseados
na taxionomia de Benjamim Bloom, da
pedagogia dos objetivos.
Há uma rigidez no emprego desses planos.
Deve-se segui-los rigorosamente, no entanto,
o professor tem liberdade de apresentar
novas propostas que serão analisadas pelo departamento
de ensino da unidade militar referente
e, de acordo com sua viabilidade, encaminhadas
à DEP para serem avaliadas.
A atualização pedagógica é feita de forma
regular e compreende todos os níveis,
desde os coordenadores pedagógicos até os
diretores das escolas de formação militar,
mantendo o corpo docente sempre a par das
diretrizes a serem seguidas.
Atualmente nas escolas militares do Exército
existe uma preocupação com a interdisciplinaridade.
Os professores exercem a função de orientadores
e os alunos estão voltados para a pesquisa.
A avaliação é baseada na contextualização do
ensino administrado.
A presença do pedagogo no Exército existe
dentro das escolas de formação dos militares,
na DEP, para dar forma às propostas educativas
e, no CEP, para formar os coordenadores
pedagógicos. Esses coordenadores pedagógicos
são os antigos técnicos de ensino que foram
substituídos a fim de acompanhar as mudanças
exigidas pela LDB. Eles são formados
com o objetivo de atender aos interesses e
necessidades da instituição, levando para dentro
das unidades militares os objetivos pedagógicos
determinados pela DEP.
Professora Taísa Lemos lança
livro sobre infância
A professora do curso de Pedagogia da Universidade
Estácio de Sá, Taísa Lemos, lançou o livro A
infância pelas mãos do escritor – Um ensaio sobre a
formação da psicologia sócio-histórica, pela editora UFJF
e Musa, baseado em sua dissertação de mestrado.
O livro é um convite a professores e pesquisadores
conhecerem e se apaixonarem ainda mais pela infância;
nele a autora analisa o processo de constituição da
subjetividade através de narrativas literárias encontradas
no livro Infância, de Graciliano Ramos (1980).
A Professora Taísa com seu livro contribuirá com
material bibliográfico para as disciplinas de Psicologia
da Educação II e Processos de Aprendizagem da
Leitura e Escrita, pois nele se apresentam os principais
conceitos da obra de autores como: Lev Vygotsky,
Henry Wallon e Mikhail Bakhtin.
Outras informações com a Professora Taísa, no
curso de Pedagogia, Campus Rebouças.

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